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ALERGIA ALIMENTAR UMA CONDIÇÃO CADA VEZ MAIS COMUM.

terça-feira, 28 de julho de 2015 0 comentários
Pouco se ouvia falar de intolerância e alergia alimentar no passado, mas hoje essas duas palavras estão em toda parte, dando sinais de que essas reações se tornaram uma epidemia.Alimentos até pouco tempo considerados saudáveis se tornaram vilões e são proibidos no cardápio de adultos que muito se fartaram deles no passado. Uma mudança crescente que levanta várias questões: por que estamos cada vez menos tolerantes a alguns alimentos? Por que estamos desenvolvendo cada vez mais alergias? Como podemos nos tornar alérgicos a um alimento que consumíamos sem problemas no passado? Quem mudou, os alimentos ou nosso organismo? Assim como as perguntas, as respostas são muitas. 

- Nas últimas décadas as alergias e intolerâncias alimentares tornaram-se um grande problema no mundo. Embora alguns casos sejam de predisposição genética, essa mudança também está associada à piora da qualidade de vida, estresse, alto consumo de alimentos processados e industrializados, alimentos geneticamente modificados e melhores técnicas de diagnóstico – explica a nutricionista Cristiane Perroni.

COMO SABER SE SOU ALÉRGICO?
Com tantas possíveis causas é preciso fazer uma investigação no sentido contrário. E o primeiro passo é o consultório médico, onde, após um levantamento histórico, o paciente é encaminhado para vários exames.

- Testes cutâneos, avaliação sanguínea, biópsia intestinal e endoscopia, dieta de exclusão e teste de provocação oral estão entre os exames que vão detectar o alimento causador da intolerância ou alergia – elenca Cristiane, que ainda frisa a importância de identificar o tipo de reação.

Reações alérgicas mais comuns são diarreia, gases, distensão e dor abdominal, vômitos, rouquidão, tosse e chiado no peito, eczema, urticária, coceira, edema.

Conforme a nutricionista, enquanto a alergia alimentar é uma resposta imunológica adversa aos alérgenos (substâncias que podem induzir a uma reação de hipersensibilidade) presentes nas proteínas dos alimentos, a intolerância é uma resposta à ingestão do alimento não envolvendo o sistema imunológico, provavelmente o resultado de uma produção insuficiente ou deficiente (inexistente) de uma enzima digestiva.

ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Nos casos das alergias, os maiores causadores são a predisposição genética (50% dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia), a introdução precoce de alimentos em bebês no período de desmame e a permeabilidade do sistema digestivo. No entanto, não se pode descartar a culpa dos alimentos geneticamente modificados. A polêmica que envolve esses produtos é grande e ainda não temos um estudo conclusivo sobre a influência deles na saúde. Entretanto, algumas pesquisas indicam que, a mesma tecnologia responsável pelo aumento da produtividade e a redução dos impactos ambientais da agricultura, está associada a vários problemas de saúde como infertilidade, mal de Parkinson, alguns tipos de câncer, e diversos problemas na flora intestinal que podem levar à dificuldade de digerir a lactose e desencadear e/ou agravar transtornos relacionados ao glúten, incluindo a doença celíaca, uma grave desordem autoimune.

Alimentos que normalmente são alvo do herbicida: milho, soja, beterraba, batata, alfafa, canola, mamão, arroz e tomate.

Conforme um relatório publicado pela pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Stephanie Seneff, e o cientista Anthony Samsel, foram encontrados resíduos de "glyphosate em alguns alimentos," o principal ingredientes do Roundup, o herbicida mais usado no mundo. Esses resíduos seriam os causadores e/ou potencializadores dessas disfunções e doenças.

- Os perigos potenciais dos alimentos geneticamente modificados podem estar associados com toxicidade, alergenicidade, alterações nutricionais e efeitos antinutrientes e a possibilidade remota de transferência horizontal de genes. É preciso uma maior fiscalização de órgãos governamentais para certificar o cultivo seguro, além de uma maior seriedade por parte da indústria na descrição dos ingredientes nos rótulos, pois existem outros produtos alergênicos além dos conhecidos glúten e lactose. Soja, amendoim, nozes e ovos também precisam estar claramente nos rótulos – alerta Cristiane Perroni.

Alimentos geneticamente modificados com mais frequência: milho, soja, canola, algodão, tomate e mamão.

RISCOS DOS ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
* Efeitos imediatos de proteínas tóxicas ou alergênicas destes alimentos geneticamente modificados
* Acumulação de herbicidas e seus metabólitos nas variedades e espécies resistentes;
* Transferência horizontal das construções transgênicas para o genoma de bactérias simbióticas tanto de humanos quanto de animais.

PRODUTOS ORGÂNICOS
Na dúvida, a especialista indica a troca de alimentos geneticamente modificados por produtos orgânicos. Recorra a ferinhas e continue de olho nos rótulos, mas tenha em mente os alimentos que mais estão relacionados a alergias alimentares: soja, ovo, nozes, amendoim, lactose, glúten(trigo, aveia, centeio e cevada), crustáceos, peixes. 

Do grupo destacam-se o glúten e a lactose, que ao contrário da febre momentânea que os coloca como vilões das dietas, só precisam ser banidos das refeições de algumas pessoas.

- Com relação ao leite, há que se diferenciar a alergia da intolerância. A alergia ao leite é uma reação com sintomas bem mais severos do que a intolerância e acontece quando a proteína do leite é ingerida. Já a intolerância surge devido ao açúcar do leite. – explica a nutricionista.

Segundo ela, o ser humano para de produzir lactase (a enzima que quebra a lactose na digestão) quando desmama, então é normal que ocorra a rejeição por parte do organismo, o que pode aumentar na medida em que a pessoa envelhece. Já a doença celíaca, ou intolerância ao glúten, geralmente ocorre com indivíduos geneticamente predispostos.

Seja qual for a reação do organismo, ela precisa ser identificada com cuidado para só depois receber tratamento.

- A melhor forma de amenizar os sintomas e tratar o problema da intolerância alimentar é retirar por um tempo o alimento e tratar a flora intestinal, a nossa barreira imunológica – indica Cristiane, que recomenda antes de tudo uma visita a um profissional especializado. 

Fonte: Eu atleta.

RICOS EM FITOQUÍMICOS, VEGETAIS INFLUENCIAM NA REPROGRAMAÇÃO DO DNA.

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Independente de gostarmos ou não dos alimentos vegetais, existe uma importante razão, talvez a mais poderosa, para você inserir esses alimentos sempre em suas refeições: eles são ricos em moléculas, denominadas fitoquímicos, que podem alterar a sua genética.

Esse efeito epigenético ativado pelos alimentos de origem vegetal junto com todos os benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios justificam porque sempre ouvimos que frutas e vegetais fazem bem para saúde. 

Na maioria das vezes pensamos em nosso código genético, como uma sequência de DNA, herdada de nossos pais e que irá sinalizar o nosso destino: se seremos magros, inteligentes ou se teremos diabetes. Mas, mais importante que nossos genes para determinar a saúde e como iremos envelhecer, é como os genes interagem com a dieta e o estilo de vida. Mesmo que tenhamos herdado algum gene não muito favorável, em muitos casos, podemos influenciar através dos hábitos a expressão desse gene ou não.

Ricos em polifenóis, o brócolis, a couve, a uva, o mirtilo e o feijão estão entre os alimentos indicados (Foto: Getty Images)

Dentro das célula, isso é possível através das alterações epigenéticas – pequenas modificações que ocorrem no DNA, influenciadas pela dieta, estilo de vida e fatores ambientais a que cada um é exposto. A mais comum dessas alterações, é uma adição de um grupo metila ao DNA (metilação) ou a proteínas, que compactam o DNA, as histonas. 

Assim como a sequência de DNA, as alterações epigenéticas também podem ser transferidas ao longo das gerações. Mas ao contrário do código genético, as modificações epigenéticas são reversíveis e podem ser alteradas todos os dias ao longo da vida, dependendo das interações do indivíduo com o ambiente. 

A visão dos alimentos devem ir além das proteínas, carboidratos e gorduras que nos fornecemenergia e nutrientes. Os alimentos podem inibir, através do mecanismo epigenético, a manifestação de alguns genes que poderiam levar o indivíduo a desenvolver uma doença, por exemplo. 

A ciência está começando a entender como essas alterações se relacionam com o desenvolvimento da obesidade. Já durante a gestação e lactação, mudanças epigenéticas podem alterar a programação genética provocando um desequilíbrio ao longo da vida entre a ingestão e ogasto energético.

Na vida adulta, esse desequilíbrio pode alimentar as chances do indivíduo desenvolver obesidade, síndrome metabólica e até mesmo diabetes tipo II. Alterações epigenéticas precoces parecem afetar como o corpo responde a determinadas dietas como as de alto teor de proteínas e baixo teor de carboidratos e como os hormônios relacionados ao apetite e o reganho de peso.

O próximo passo é determinar quais são os fitoquímicos que podem alterar epigeneticamente o risco de desenvolvimento da obesidade e sobrepeso. Quando nos alimentamos, devemos pensar em ingerir aqueles que promovam a integridade do nosso DNA e interações saudáveis com o ambiente. Os já conhecidos e que são os mais saudáveis epigeneticamente falando são os ricos em polifenóis. Essas substâncias são encontradas em frutas, vegetais, sementes e castanhas.

Alguns exemplos desses micronutrientes são:
• Catequinas, encontradas nos chás verde e preto;
• Curcumina, raiz com pigmentação amarelada e com importante atividade anticancerígena;
• Resveratrol, encontrado em uvas, mirtilo e algumas castanhas;
• Isotiocianato, encontrado em verduras como brócolis, couve etc.
• Isoflavonas, encontradas nos feijões.

Ter conhecimento de que temos uma herança mas que ela não será o fator determinante da nossa saúde e bem estar é fundamental. Temos hoje a informação e o livre arbítrio e temos que ter a consciência que nossas escolhas hoje influenciam as gerações futuras.

Referências:
• Rabajante JF, Babierra AL (January 30, 2015). "Branching and oscillations in the epigenetic landscape of cell-fate determination". Progress in Biophysics and Molecular Biology.
• Berger SL, Kouzarides T, Shiekhattar R, Shilatifard A (2009). "An operational definition of epigenetics". Genes Dev. 23 (7): 781–3.
• Rando OJ, Verstrepen KJ (February 2007). "Timescales of genetic and epigenetic inheritance". Cell 128 (4): 655–68.
• Pan MH, Lai CS, Wu JC, Ho CT. Epigenetic and disease targets by polyphenols. Curr Pharm Des. 2013;19(34):6156-85.
• Yang P1, He X1, Malhotra A. Epigenetic targets of polyphenols in cancer. J Environ Pathol Toxicol Oncol. 2014;33(2):159-65.

Fonte: Eu atleta.

BANANA PODE CONTRIBUIR AO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL E DO COLESTEROL.

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Surgem evidências de que colocar a fruta na rotina melhora o controle da pressão e das taxas de colesterol. E ainda tem um bônus: o consumo diário eleva, em algumas pessoas, os níveis de um hormônio que poda a inflamação nas artérias. São mudanças que se traduzem no menor risco de sofrer um derrame ou problema cardíaco.

E trate de esquecer a reputação de que ela é um alimento engordativo. Dá pra comer sem pesar na consciência e na balança. "Caso as bananas sejam incorporadas em um contexto de alimentação saudável, não vejo exagero em comer mais de uma", avalia a nutricionista Camila Torreglosa, do Hospital do Coração, em São Paulo. Momentos para levá-la à mesa não faltam. "É uma ótima opção para o café da manhã, lanches e sobremesas. Fora que pode entrar na receita de vários pratos", exemplifica a nutricionista Fernanda Gabriel, da RG Nutri, na capital paulista.  São muitas as variedades à escolha, com mínimas diferenças entre elas. Que tal conhecê-las?

Alex Silva - OURO

Pequenina, não ultrapassa os 10 centímetros e pesa cerca de 50 gramas. Duas unidades somam 112 calorias.

Alex Silva - MAÇÃ

Em 100 gramas, há 87 calorias e uma boa dose de fibras, 2,6 gramas. Junto com a banana-prata e a banana-da-terra, faz parte da trinca com os maiores teores de vitamina C.

Alex Silva - THAP MAEO

Ganhou fama de ser a banana light por ter poucas calorias. Mas essa característica se perdeu ao longo dos anos. Hoje, chama a atenção mesmo pelo alto teor de fibras.

Alex Silva - PRATA

Campeã disparada em vitamina C, ela reúne 98 calorias em 100 gramas. Sabe a banana em calda? Costuma ser produzida com essa variedade.

Alex Silva - NANICA

Não se engane pelo nome: de pequena não tem nada. Por causa da textura e do rendimento, é a mais usada pela indústria de alimentos. A cada 100 gramas, são 92 calorias.

Alex Silva - DA-TERRA

É a maior e mais pesada: são 128 calorias em 100 gramas. Nos quesitos vitaminas A e C, dá show. Os chips de banana geralmente são feitos com ela.

Fonte: M de mulher.

COGUMELOS ELEVAM O VALOR NUTRICIONAL NA ALIMENTAÇÃO.

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Você come cogumelos? Apesar de ainda não ser muito consumido no Brasil, este alimento, que se destaca por oferecer diversos benefícios à saúde e também à dieta devido às fibras presentes em sua composição, vem ganhando cada vez mais espaço no cardápio dos brasileiros. E não é só uma onda impulsionada pelo maior número de pessoas que apreciam a comida japonesa. De acordo com o especialista Luis Celso Possobon, produtor de cogumelos e membro da Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos (Anpc/SãoJosé dos Pinhais-PR), “existem milhares de tipos de cogumelos do reino funghi, de diferentes espécies, mas, de valor culinário e terapêutico, temos cerca de 50 variedades com relevância em todo o mundo”, explica.

De acordo com a nutricionista Cátia Medeiros (SP), os tipos mais consumidos em solo nacional são o champignon de Paris, o shiitake e os vários tipos de shimeji, entre eles o preto e o branco seguido de espécies menos populares, como o erynguii, o pleorotus salmão, o portobello e o nameko. Cada um deles apresenta características específicas. “No sabor, eles variam entre mais suaves e mais acentuados e, na textura, há os mais resistentes e fibrosos e, também, os mais macios e delicados”, explica a especialista.

Alto valor nutritivo
E todos os tipos têm algo em comum: possuem alto valor nutritivo, o que inclui grandes quantidades de proteínas, baixo teor de gordura, além de vitaminas e minerais que contribuem para a saúde como um todo.

Devido ao fato de serem ricos em vitaminas A e C, D, betacaroteno, compostos fenólicos, terpenos, entre outras substâncias que apresentam efeitos antioxidantes, consumir alguns tipos de cogumelos pode ser uma ótima opção no combate aos radicais livres, o que segundo a nutricionista Cátia, “implica positivamente em várias doenças como o câncer, a artrite reumatoide, a cirrose, a arteriosclerose, bem como processos degenerativos associados ao envelhecimento”, alerta.

Um estudo que revisou várias pesquisas sobre este alimento, publicado pelo Journal of Functional Foods, mostrou que cogumelos são geralmente bem tolerados, com pouca ou nenhuma manifestação de efeitos colaterais. Segundo a pesquisa, a ação sobre os tumores decorrem da presença de polissacarídeos que estimulam a morte de células relacionadas à doença.

Cátia explica esse mecanismo: “Isso acontece porque o alimento é rico em betaglucanas, substância que estimula o sistema imunológico, especialmente células chamadas de natural killer, que destroem as células cancerígenas”. O cogumelo-do-sol é a espécie que mais apresenta esse poder. Entretanto, o champignon e o shiitake têm sido consideradas ótimas opções contra a doença.

Os tipos em destaque
Outras espécies também têm seu destaque e são mais populares. Estamos falando do champignon de Paris, encontrado em todas as feiras livres e supermercados, o portobello, o cogumelo-do-sol, o shiitake, o hiratake, cogumelo-rei e cogumelo salmão. “Algumas espécies contam com ação antimicrobiana (ajuda a combater micro-organismos prejudicias à saúde)”, diz Cátia.

Cogumelos como o shiitake, por exemplo, também são ricos em ácido fólico, substância que, quando em falta no organismo, pode favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e até mesmo desordens mentais, como a doença de Alzheimer.

Outro ponto positivo é o fato de o fungo apresentar alto valor de proteínas, “de 19% a 35%, incluindo todos os aminoácidos essenciais”, alerta a nutricionista Vanderli Marchiori (SP). Porém, apesar disso, o alimento não deve ser visto como um substituto da carne vermelha, como grande parte dos vegetarianos e veganos pensam. “Os cogumelos devem compor a dieta incrementando o aporte proteico, mas não substituí-la por si só. Isto porque a carne vermelha conta com quantidades consideravelmente maiores deste nutriente”, alerta Cátia.

Taxas sob controle
A lista de benefícios só aumenta. Isso porque há evidências de que inserir alguns tipos desse fungo na dieta, principalmente da variedade Agaricus blazei (cogumelo-do-sol), pode ajudar no controle da pressão arterial e do colesterol, devido a “sua riqueza em fibras e gorduras não saturadas”, alerta a especialista Vanderli.

“Essa espécie também contém vitaminas B1 e B2, além de apresentar grandes quantidades de ergosterol, que pode ser convertido em vitamina D2 quando seco ao sol ou desidratado”, conclui a nutricionista.

O shimeji e o oudemansiella canarii também são boas opções para auxiliar a reduzir as taxas de colesterol ruim (LDL), pois possuem vitamina B3.

Indicado para diabéticos
Os diabéticos também podem fazer dos cogumelos grandes aliados. “Várias espécies possuem propriedades hipoglicêmicas, que baixam o açúcar no sangue, devido à quantidade de fibras, polissacarídeos e outros compostos presentes no alimento, como as betaglucanas, que também teriam um efeito antidiabético”, conclui Cátia.

Consumo na dose certa
Todos os especialistas são unânimes em afirmar que este tipo de vegetal é um alimento seguro, embora existam espécies selvagens venenosas. Os tipos comercializados são variedades que podem ser consumidas por adultos e crianças, sem riscos. Mas como todo tipo de alimento, ele deve estar inserido em uma dieta equilibrada.

Quanto à “dose” indicada, não há uma prescrição específica. Segundo a nutricionista Cátia, as porções devem ser individualizadas, pois “cada pessoa apresenta particularidades nutricionais que devem ser averiguadas por um profissional capacitado que irá prescrever a quantidade ideal para cada caso”. Contudo, a ingestão indicada, em geral, é de 300 g a 350 g por semana, o que equivale a uma colher (sopa) ao dia.



Cogumelo de Paris
Características: popularmente conhecido como champignon, esse tipo de cogumelo é o mais consumido no país. Caracterizado por sua cabeça carnuda, tem cor branca e talo curto, e é facilmente encontrado em redes de supermercados. “Rico em vitaminas B1, B2, B3, C, D, ácido fólico, cálcio, potássio, iodo, sódio, fósforo e selênio, protege a pele e a visão, além de prevenir problemas de tireoide e ajudar no sistema imunológico”, alerta o produtor Possobon, da Anpc.
Valor calórico: 13 kcal (43 gramas).
Melhores preparações: Strogonoff, aperitivos, molhos, saladas e pizzas.

Shiitake
Características: de cor homogênea e mais escura, esse tipo de cogumelo apresenta aroma e sabor agradáveis, além de alto valor nutricional, que, segundo Possobon, ajuda a estimular o sistema imunológico. “Ele também pode ser considerado um tônico de longevidade, além de remédio para o coração, câncer, pressão arterial e redução das plaquetas sanguíneas aderentes”, explica a nutricionista Vanderli. O fungo é rico em proteínas, vitaminas B, C, D, E, fósforo, potássio, ferro e sais minerais.
Valor calórico: 14 kcal (43 gramas). 
Melhores preparações: Risotos, molhos, massas, saladas e pizzas.

Shimeji
Características: apresenta talo comprido e fino e cabeça pequena, de cor acinzentada. Fonte de vitamina C, selênio, ferro eproteínas, fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir doenças do coração, como hipertensão, colesterol e diabetes. 
Valor calórico: 15 kcal (43 gramas).
Melhores preparações: Grelhados, fritos, massas, yakissoba e risotos.

Fonte: Revista VivaSaúde - Edição 137.

Receita>> Creme de cogumelos com gelatina de café, por Emerson Mantovani

Ingredientes
Para a gelatina de café
1/2 litro de café preparado com 4 colheres (sopa) de pó de café
12g de gelatina em pó (1 pacote)
Dica do chef: deixe o café bem pouco adoçado

Para o creme de cogumelos
300g de cebola picada
250g de cogumelos champignon de Paris frescos
200g de cogumelos shiitake
200g de cogumelos shimeji
150g de manteiga
40g de cogumelo porcini
600ml de caldo de legumes
500ml de creme de leite fresco
100ml de conhaque
5 dentes de alho picados
Creme de leite (o quanto bastar para acertar o ponto do creme)
Cebolinha francesa picada a gosto

Modo de preparo
Da gelatina de café
Faça o café e deixe esfriar. Dissolva a gelatina como manda o fabricante, misture-a ao café e coloque para gelar num recipiente em que ela fique com 2 cm de altura. Quando estiver endurecida, corte em quadrados de cerca de 2cm. Reserve na geladeira.

Do creme de cogumelos
Pique todos os cogumelos e reserve. Aqueça uma panela, coloque a manteiga e deixe derreter. Em seguida, adicione a cebola e deixe em fogo baixo até ficar com a cor bem dourada. Acrescente o alho e deixe refogar por mais uns minutos e coloque o conhaque. Deixe evaporar tudo e junte os cogumelos picados. Adicione o caldo de legumes e cozinhe por alguns minutos. Para finalizar, coloque o creme de leite. Quando levantar fervura, abaixe o fogo e deixe por mais 5 minutos. Deixe esfriar um pouco (cerca de 10 minutos) e bata metade do creme no liquidificador.

Para servir
Volte o creme à panela e aqueça sem ferver. Se for necessário, adicione mais creme de leite para acertar o ponto. Pode ser servido em duas opções: em copinhos altos — onde se deve colocar o creme e por cima 2 ou 3 quadrados de gelatina de café salpicadas com um pouco de cebolinha francesa — ou no prato fundo, como uma espécie de sopa.

Fonte: Pernambuco.

ALIMENTOS SAUDÁVEIS TAMBÉM NECESSITAM DE MODERAÇÃO.

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Nem todos os alimentos saudáveis possuem valor calórico baixo. Existem alimentos altamente nutritivos, ricos em “gorduras do bem” (monoinsaturadas e polinsaturadas), vitaminas e minerais que possuem alta concentração calórica. Portanto, é importante limitar sua ingestão por indivíduos que precisam controlar o ganho de peso ou que estejam em programas para perda de peso.

Estudos científicos demonstram efeitos benéficos do consumo de gordura monoinsaturada de origem vegetal, como óleos de oliva, óleo de canola, nozes e abacate, com uma significante redução do risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

Vejamos alguns alimentos supersaudáveis que precisam ser utilizados com moderação para não “boicotarem” o programa alimentar:

AÇAÍ
Alimento um potente antioxidante, supernutritivo, excelente fonte de fibras, ferro (não-heme), cálcio, potássio e vitamina E. Cada 100 gramas da polpa da fruta pura contém, em média, 60 calorias. Entretanto, costumam ser adicionados xarope de guaraná, banana e granola, tornando o açaí uma bomba calórica. 

Uma tigela de 500g com xarope e fruta pode conter até 700 calorias. Dependendo das adições que são feitas, se torna ainda mais calórico. Acrescentando granola ou castanhas, pode chegar a 1000 calorias. É preciso moderação na utilização por pessoas que estão em programas paracontrole de peso, dando preferência à polpa pura acrescida de uma fruta ou de granola em pequena quantidade. É um lanche supernutritivo e saudável, mas a forma comercializada nas lojas especializadas normalmente está acrescida de xarope de guaraná.

NOZES, CASTANHAS E AMÊNDOAS
São excelentes fontes de ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados, proteína vegetal, vitamina E, polifenóis, fitoesterois, selênio, fibras, cálcio, magnésio e zinco. Pequena quantidade de carboidrato e gordura saturada.

Funções: antioxidantes; redução do risco de doenças cardiovasculares e redução da absorção do colesterol por serem ricas em fitoesteróis; consumo de oleaginosas tem relação inversa com resistência à insulina e diabetes; proteção da pele, unha e cabelo; reduz sintomas da TPM pela ação do magnésio.

São alimentos altamente nutritivos, mas de alta densidade calórica, portanto indivíduos que precisem controlar o ganho de peso necessitam de moderação na sua ingestão. O valor calórico em média por 100 gramas é de 656 calorias

CASTANHA DO PARÁ 
Para promoção da saúde é indicado acrescentar diariamente 2 a 4 castanhas/ amêndoas/ nozes ao programa alimentar. Pode ser elaborado um “mix de nuts” (oleaginosas) com frutas secas e ser utilizado como lanche da manhã: 2 castanhas + 2 nozes + 3 damascos + 1 colher de sobremesa de passas. Trinta gramas do produto contêm 200 calorias.

ABACATE
Fonte de gordura monoinsaturada, fibras, zinco, cobre, ferro, potássio e vitamina E. É rico em fitoesteróis, que atuam na diminuição da absorção de colesterol no intestino delgado por um mecanismo de competição, com consequente aumento na excreção fecal. Esta competição ocorre porque a estrutura química dos fitosteróis é semelhante à do colesterol, sendo eliminado nas fezes junto aos fitoesteróis. Uma colher sopa picada (35g) tem 62 calorias. 

GRANOLA
Pode ser composta por nuts/oleaginosas (nozes e castanhas), sementes, frutas secas, cereais integrais (aveia, linhaça, chia), podendo ainda ser acrescida de mel ou açúcar mascavo para adoçar. Rica em fibras solúveis e insolúveis, gordura polinsaturada/monoinsaturada, vitaminase minerais. 

Pode conter alto valor calórico dependendo das misturas/elaborações que são feitas. Se o objetivo é perder peso opte pela versão light (sem mel ou açúcar), mas utilize com moderação, acrescentando a frutas ou iogurte. Meia xícara (40g) tem 150 calorias. 

AZEITE
O azeite de oliva contém na sua composição maior quantidade (em torno de 80%) de ácidos graxos monoinsaturados ômega 9. Potente efeito antioxidante por ser excelente fonte de vitamina E, Vitamina A, Vitamina K, compostos fenólicos e flavonóides. Uma colher de sopa (15g) contém 108 calorias. Como todo óleo vegetal, possui 9 cal/g, portanto seu uso deve ser estimulado com moderação.

O azeite de oliva pode ser usado para cocção de alimentos em água como cereais (arroz), leguminosas (feijão, soja) e hortaliças (verduras e legumes). Apresenta boa resistência às alterações químicas e físicas, não ocorrendo a oxidação das moléculas das gorduras em temperaturas até 180ºC, não perdendo seu efeito protetor de ácido graxo monoinsaturado. Indicação de uso em preparações frias como saladas, acrescentar já na comida no prato, em refogados e ensopados. Não deve ser utilizado para fazer “frituras”. 

Fonte: Eu atleta.

LIMITE DE CONSUMO DE CAFEÍNA.

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Em um ditado que tem sido repetido à exaustão pela ciência moderna, o médico e alquimista medieval Paracelso afirmou que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose.

No caso da cafeína, a diferença pode estar também na idade de quem a consome.

Enquanto em indivíduos adultos a substância parece proteger o cérebro de danos causados pelo estresse que podem desencadear quadros depressivos, na vida intrauterina ela pode atrapalhar o desenvolvimento cerebral e representar um fator de risco para doenças como epilepsia.

As conclusões são de estudos feitos com animais de laboratório por um grupo que envolve pesquisadores da Alemanha, Estados Unidos, Brasil e Portugal.

Cafeína e depressão
"Tentamos reproduzir no modelo animal aquilo que todos nós humanos sentimos naquele momento da vida em que tudo vai mal. O carro quebra, perde-se o emprego, termina-se um relacionamento amoroso, descobre-se que um amigo tem câncer. Tudo é uma desgraça e, muitas vezes, esse conjunto de situações dá origem a um quadro depressivo", contou Rodrigo Cunha, da Universidade de Coimbra.

Com base nesses testes, os pesquisadores concluíram que o grupo tratado com cafeína apresentou uma quantidade significativamente menor de sintomas depressivos em relação ao controle.

Esse efeito parece ser mediado por um receptor celular existente em grande quantidade nos neurônios, chamado A2A para adenosina, um dos componentes da molécula de ATP (adenosina trifosfato), que é essencial para o metabolismo energético.

Novos estudos precisam agora ser realizados para validar o receptor A2A como um alvo terapêutico para tratamento da depressão em humanos.

"O grande problema de transpor essa informação para o homem é que somos sempre mais complicados. O receptor é uma proteína formada por uma cadeia de aminoácidos e essa cadeia pode ter pequenas variações de acordo com cada indivíduo. Isso é o que chamamos de polimorfismo genético e é o que faz as pessoas serem mais ou menos sensíveis à cafeína," explicou Cunha.

Cafeína na gestação
Em outro estudo da equipe foram avaliados os efeitos do consumo da cafeína durante a gestação e a lactação em camundongos. Estudos em humanos já demonstraram que o consumo de cafeína durante a gravidez reduz o peso do bebê.

"Observamos que a cafeína causa um atraso na migração para o hipocampo [região cerebral relacionada com memória e percepção espacial] de um grupo específico de neurônios gabaérgicos [que secretam ácido gama-aminobutírico]. Eles atingem o alvo, mas com um atraso de vários dias. Isso atrapalha o processo de construção do cérebro e causa um desequilíbrio", contou Christophe Bernard, responsável pelos experimentos.

O efeito foi observado tanto na análise do tecido cerebral de camundongos quanto de macacos, que apresentam maior semelhança com os humanos.

"Em decorrência do desequilíbrio causado pelo atraso dos neurônios, os filhotes se tornaram mais suscetíveis a sofrer de epilepsia e a apresentar convulsões febris. E apresentam um limite de tolerância ao aumento da temperatura corporal cerca de 1,5 grau Celsius menor," contou Bernard.

Limite de consumo de cafeína
Presente não apenas no café, mas também em diversos tipos de chá, refrigerantes, chocolates e bebidas energéticas, a cafeína é de longe a substância psicoativa mais consumida no mundo.

Não existe um consenso na comunidade científica sobre qual seria o limite diário de segurança para a ingestão de cafeína - por exemplo, já se demonstrou que a cafeína no café expresso pode ser demais para pessoas sensíveis.

Segundo relatório publicado em maio pelo comitê científico da Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA), o consumo de até 400 mg ao dia (cerca de 4 xícaras de café) por indivíduos adultos com em média 70 kg e que não estejam gestantes não representaria riscos significativos de saúde.

Para mulheres grávidas ou lactantes, o valor supostamente seguro seria de 200 mg ao dia.

Bernard defende a necessidade de realizar estudos clínicos que confirmem se a quantidade de 200 mg ao dia é de fato segura para o desenvolvimento cerebral durante a gestação ou se pode representar um fator de risco para o desenvolvimento de patologias na vida adulta.

ALGAS COMO INGREDIENTE.

terça-feira, 21 de julho de 2015 0 comentários
Algas e proteínas
As algas estão se tornando as estrelas de uma alimentação mais saudável, como uma fonte alternativa de proteína, sobretudo para as pessoas preocupadas em diminuir o consumo de carne.

Algas de diversos tipos já podem ser encontradas como ingrediente de bolachas, salgadinhos, aperitivos, cereais e pães, de acordo com Beata Klamczynska, pesquisadora do Instituto de Tecnologistas de Alimentos (EUA).

O interesse da população aumentou sobretudo depois que estudos mostraram que as algas marinhas superam todos os tratamentos para emagrecer.

"Os consumidores estão prontos para alimentos com algas como ingrediente? Sim, eles estão prontos e animados com as algas," defende ela.

"Quanto mais eles aprendem, mais animados ficam. Basta um pouco de informação para eliminar quaisquer dúvidas. Existem milhares de variedades de algas à sua escolha para uma variedade de produtos," completou

Algas e quinoa
A pesquisadora cita as algas e a quinoa como as melhores fontes de proteína alternativas para diminuir o consumo de carne, reduzir o desperdício de alimentos e ajudar a alimentar a crescente população mundial.

As algas usadas como alimento contêm 63% de proteínas, 15% de fibras, 11% de lipídios, 4% de carboidratos, 4% de micronutrientes e 3% de umidade, de acordo com a pesquisadora, além de serem facilmente digeridas e trazerem benefícios para o coração.

Além da culinária oriental, as algas já podem ser encontradas nas listas de ingredientes de alguns shakes de proteína, bolachas, barras de cereais, molhos e pães.

NEUROPLASTICIDADE.

domingo, 19 de julho de 2015 0 comentários
Não lembrar um item das compras pode acontecer aos 20, 50 ou 70 anos. Mas se não é motivo de pânico sobre a saúde da nossa memória, a lista de supermercado pode ser tema de casa para quem quer deixar a capacidade de guardar informações afiada por mais tempo.

— Anotar compromissos, usar agenda, calendário, fazer lista de compras. Com isso, pode-se prestar atenção em outras coisas — enumera Maira Rozenfeld Olchik, fonoaudióloga e professora do curso de Fonoaudiologia da UFRGS.

No doutorado, Maira realizou um dos maiores estudos sobre treino cognitivo em idosos já feitos no país — 150 pessoas, divididas em 10 grupos. Constatou que as estratégias adotadas resultaram em melhora da memória tanto em quem passava por envelhecimento saudável quanto naqueles com comprometimento cognitivo leve. 

Esse tipo de treino e a forma como pode ser adotado para prevenir demências ou até mesmo preservar a memória foram um dos primeiros temas abordados nesta semana na edição 2015 do Congresso Mundial de Cérebro, Comportamento e Emoções, que se encerra hoje na Capital. Entre os principais fatores que explicam a melhora está a neuroplasticidade, capacidade que tem guiado recentes pesquisas na área.

— Sabemos que algumas pessoas têm uma tremenda capacidade de autorreparação e compensação de doenças cerebrais, como o Alzheimer — explica Sylvie Belleville, professora titular de psicologia na Universidade de Montreal e diretora de pesquisa no Instituto Universitário de Geriatria de Montreal, no Canadá.

A pesquisadora, uma das palestrantes convidadas do evento, lembra que o cérebro reage continuamente e se modifica em resposta ao seu ambiente.

— A neuroplasticidade se refere às alterações que ocorrem no cérebro em resposta a um dano, por exemplo, uma lesão no local, privação do sono, envelhecimento do órgão, Alzheimer. Ou em resposta a um estímulo externo, como treino cognitivo, aprendizagem, atividade física — explica Sylvie.

Neuroimagem comprova melhoras anatômicas
Mas o que são os tais treinos cognitivos? Categorização, associação e imagem mental são três estratégias criadas nesses treinos para ajudar o momento da memorização chamada episódica, enumera Mônica Sanches Yassuda, professora associada do curso de Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP). Uma das técnicas é chamada associação monoface. Por exemplo, você tem uma amiga que se chama Melissa e tem olhos cor de mel. Ao associar a característica ao nome, fica mais fácil lembrar o nome da pessoa.

— Também temos feito treinos para a memória denominada de trabalho, que envolve mais a atenção. Por exemplo, a pessoa ouve três séries de cinco palavras. Toda vez que aparece um animal, ela tem de bater a mão na mesa ou levantar a mão. Depois, tem a tarefa de memorizar a última palavra de cada série de cinco. Ao mesmo tempo em que presta atenção no animal, também tem uma demanda de memória. A Universidade de Pádova teve um resultado muito bom e agora a gente está replicando aqui — diz Mônica.

Uma das novidades nesse campo é usar a neuroimagem para comprovar as melhoras decorrentes dessas intervenções e os mecanismos cerebrais relacionados à neuroplasticidade. É o que estuda Eliane Correa Miotto, neuropsicóloga e professora da pós-graduação do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP:

— Usamos (o exame de ressonância magnética funcional) para tentar entender o efeito desse tratamento. No caso de pessoas que já têm um quadro de comprometimento cognitivo leve, depois das sessões, ocorre geralmente um aumento da ativação de novas áreas cerebrais que se tornam participativas durante um processamento de memória.

Até um tempo atrás, segundo a neuropsicóloga, acreditava-se que o processo de compensação e plasticidade cerebral não ocorria nas pessoas mais idosas ou em quadros de demência. Hoje, a neuroplasticidade tem guiado os principais estudos na área.

— Os investigadores podem ser incentivados a olhar para formas farmacológicas que aumentem a plasticidade cerebral como uma maneira de proteção contra os efeito de doenças como o Alzheimer — completa Sylvie.

O que é?
Cognição
Funções relacionadas ao cérebro como memória, inteligência, concentração. São essas funções que começam a se mostrar comprometidas no envelhecimento saudável ou não.

Comprometimento (ou declínio) cognitivo leve
A pessoa apresenta a rotina do dia a dia preservada, sem alterações funcionais — administra contas e remédios, por exemplo. No entanto, na testagem cognitiva ela já não está no mesmo nível de uma pessoa de igual idade e escolaridade. Pode ser um estágio pré-clínico de demência ou Alzheimer.

Memória de trabalho
Capacidade de manter informações na mente e, ao mesmo tempo, trabalhar com essas informações.

Memória episódica
Conseguir gravar lista de nomes, palavras e números de telefone novos, ou uma lista de compras.

Fonte: Click RBS

POR QUE A PELE SE RENOVA MAS OUTROS ÓRGÃOS NÃO?

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Por que nossa pele se renova mas outros órgãos não?
Amplificação de quatro camadas distintas da pele humana. Os queratinócitos, planos, mortos e à prova d'água, ficam na camada superior. As células-tronco ficam em uma camada mais interna, chamada estrato basal. Abaixo dele fica a derme, o tecido rico em colágeno que funciona como um amortecedor para o corpo.[Imagem: UC San Diego School of Medicine]
Rejuvenescimento da pele
Por que nossa pele é capaz de se reconstruir continuamente, enquanto outros órgãos, uma vez danificados, podem nos levar a situações incontornáveis?

Essa questão parece estar começando a ser respondida, graças ao trabalho do Dr. George Sen, da Universidade da Califórnia (EUA).

Ele e sua equipe descobriram como as células epidermais progenitoras e as células-tronco da pele controlam os fatores de transcrição para evitar uma diferenciação prematura.

É isso que preserva sua capacidade para produzir novas células da pele ao longo de toda a nossa vida.

A descoberta pode ajudar a desenvolver novos medicamentos ou terapias voltados não apenas para doenças da pele, mas também para outras condições onde os dois tipos de células - progenitoras e células-tronco - estão envolvidas.

Células-tronco e células progenitoras
As células-tronco são células capazes de se replicar continuamente, transformando-se em qualquer outro tipo de célula, um processo conhecido como diferenciação.

As células progenitoras são mais limitadas, tipicamente diferenciando-se em um tipo específico de célula, e capazes de se dividir apenas um número limitado de vezes.

Para renovar a pele ao longo da vida, as células-tronco e as células progenitoras produzem células chamadas queratinócitos, que vão "subindo" pelas camadas da pele à medida que esta se desgasta. Todos os queratinócitos serão descartados a seu tempo.

A chave para esse "rejuvenescimento" contínuo da pele está no exossoma, um complexo proteico envolvido na degradação do RNA.

Exossoma
O exossoma é uma coleção de cerca de 11 proteínas responsáveis pela degradação e reciclagem de diversos elementos do RNA.

Isso inclui o RNA mensageiro, que se desgasta ou que contém erros resultantes da tradução de proteínas disfuncionais, que poderiam potencialmente ser deletérios para a célula.

"De forma simplificada, o exossoma funciona como um sistema de vigilância nas células, regulando o ciclo normal dos RNAs, assim como destruindo RNAs com erros," explicou o Dr. Sen.

Fator de transcrição
Os cientistas descobriram que, na epiderme, o exossoma alveja e destrói mRNAs que codificam fatores de transcrição que induzem a diferenciação.

Mais especificamente, o exossoma degrada um fator de transcrição chamado GRHL3 nas células progenitoras epidermais, mantendo-as indiferenciadas.

Quando recebem o sinal para se diferenciar, as células progenitoras perdem a expressão de determinadas subunidades do exossoma, o que leva a níveis mais elevados da proteína GRHL3.

Este aumento nos níveis da GRHL3 promove a diferenciação das células progenitoras.

"Sem um exossoma funcional nas células progenitoras," disse Sen, "as células progenitoras iriam se diferenciar prematuramente devido a níveis mais elevados de GRHL3, resultando na perda de tecido epidérmico ao longo do tempo."

DIFERENCIAÇÃO E LIMPEZA MENTAL.

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Autolimpeza do corpo
Embora o corpo esteja constantemente substituindo células e constituintes celulares, acumulam-se danos e imperfeições no organismo ao longo do tempo.

Agora os cientistas descobriram que os esforços de autolimpeza do organismo são seletivos, ficando guardados para quando eles são realmente importantes.

E, para tristeza da maioria, o corpo não acha que o envelhecimento seja algo tão importante, que precise ser contornado.

Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstraram, por outro lado, como o corpo se livra de danos acumulados ao longo do tempo quando é hora de se reproduzir e criar uma nova vida.

Diferenciação e limpeza
"Eu tenho uma filha. Ela é feita das minhas células, mas suas células têm muito menos danos celulares do que as minhas células. Por que ela não herdou minhas células, incluindo as proteínas danificadas? Esse é o processo no qual eu estou interessada," explica Malin Hernebring, coordenadora do estudo.

Poucos dias após a concepção, as células do embrião são todas iguais - elas são as células-tronco não especificadas, ou não diferenciadas, que podem se desenvolver em qualquer tipo de célula do corpo.

Conforme começa o processo de especificação celular (diferenciação), elas deixam de ser capazes de se dividirem infinitas vezes e passam a ser capazes de fazê-lo apenas um número limitado de vezes.

É aí que elas começam a "limpar-se", livrando-se dos defeitos herdados.

"Inesperadamente, nós descobrimos que o nível de danos nas proteínas é relativamente alto nas células não diferenciadas do embrião, mas então esse nível diminui drasticamente. Poucos dias após o início da diferenciação celular, o nível de danos nas proteínas desaparece de 80 a 90 por cento. Nós acreditamos que isto é resultado do descarte do material danificado," diz Hernebring.

Rejuvenescimento celular
No passado, os pesquisadores acreditavam que o corpo mantinha as células envolvidas na reprodução isoladas e protegidas contra danos.

Agora ficou demonstrado que estas células não têm uma proteção especial, elas passam por um processo de rejuvenescimento que as livra dos danos herdados.

Alguns tipos de danos às proteínas no corpo aumentam com a idade.

Embora toda a informação necessária esteja armazenada no DNA, alguma coisa impede que o corpo utilize essa informação para "consertar" o corpo.

"São esses danos às proteínas que nos fazem parecer velhos, surgindo coisas como rugas ao redor dos olhos. Enquanto as rugas são relativamente inofensivas, surgem problemas mais sérios em outras partes do corpo," conclui a pesquisadora.

AVOCATINA.

quarta-feira, 1 de julho de 2015 0 comentários
Avocatina
Já se sabia que o abacate reduz o colesterol mais do que as dietas, assim como produz um óleo equivalente ao óleo de oliva.

A novidade é que os abacates também produzem substâncias eficazes no tratamento do câncer.

A equipe do professor Paul Spagnuolo, da Universidade de Waterloo (Canadá) demonstrou que a avocatina B, uma substância extraída dos abacates, é eficaz no tratamento da leucemia mieloide aguda.

A substância atua diretamente na raiz da doença, as "células-tronco da leucemia", um alvo para o qual existem poucos tratamentos disponíveis. A leucemia mieloide aguda é devastadora, levando à morte cerca de 90% dos adultos com mais de 65 anos acometidos pela doença.

"A avocatina B não apenas elimina a fonte da leucemia mieloide aguda, como também seus efeitos dirigidos e seletivos a tornam menos tóxica para o corpo," disse o professor Spagnuolo.

Nutracêuticos
Ainda serão necessários muitos testes antes que a substância extraída do abacate possa chegar às farmácias, mas a equipe já está se preparando para os ensaios clínicos de Fase I, a primeira etapa desse caminho.

O abacate produz substâncias importantes para várias outras condições médicas, o que explica porque várias equipes ao redor do mundo estão trabalhando no uso da fruta para compor nutracêuticos, alimentos funcionalmente ativos com várias aplicações.

Mas Spagnuolo defende que extratos da fruta são menos refinados e podem variar de uma cultura para outra, razão pela qual ele pretende extrair um elemento ativo puro, que possa ser testado diretamente contra cada tipo de câncer.

Fonte: Diário da Saúde